11 de mar. de 2010

MASHIACH E A RESSURREIÇÃO.

Por Yaakov Astor (trecho de “Soul Searching”, Targum Press)
A escatologia judaica é composta de três peças básicas:
A Era de Mashiach.
O Mundo Vindouro.
O Mundo da Ressurreição.


A Era Messiânica
Mashiach, segundo as tradicionais fontes judaicas, será um ser humano de carne e osso, nascido de mãe e pai, ao contrário da ideia cristã que o retrata como o filho de D’us concebido imaculadamente. De fato, Maimonides escreve que o Mashiach completará seu trabalho e morrerá como qualquer pessoa.


Qual é o seu trabalho? Terminar a agonia da história e introduzir uma nova era para a humanidade em geral. O período no qual ele emerge e completa sua tarefa é chamado de Era Messiânica. Segundo uma opinião talmúdica não é uma era de milagres revelados, onde as regras da natureza são descartadas. Em vez disso, o único elemento novo introduzido ao mundo será a paz entre as nações, com o povo judeu vivendo em sua terra sob a própria soberania, livre de perseguição e anti-semitismo, livre para buscar suas metas espirituais como nunca antes.


O Mundo Vindouro
O Mundo Vindouro em si é chamado nas fontes tradicionais de Olam Habá. No entanto, o mesmo termo é usado para se referir ao renovado mundo utópico do futuro – o Mundo da Ressurreição, olam hat’chiá (conforme explicado no parágrafo a seguir). O anterior é o local aonde as almas dos justos vão após a morte – e elas têm ido para lá desde a primeira morte. Aquele local também é algo às vezes chamado de Mundo das Almas. É um local onde as almas existem num estado desencarnado, apreciando os prazeres da proximidade de D’us. Assim, as genuínas experiências de quase morte são presumivelmente lampejos ao Mundo das Almas, o lugar no qual a maioria das pessoas pensa quando o termo Mundo Vindouro é mencionado.


O Mundo da ressurreição
O Mundo da ressurreição, em contraste, “nenhum olho viu”, declara o Talmud, é um mundo, segundo a maior parte das autoridades, onde corpo e alma são reunidos para viver eternamente num estado realmente perfeito. Aquele mundo somente virá a existir após Mashiach e será iniciado por um evento conhecido como o “Grande Dia do Julgamento.” (Yom HaDin HaGadol)


O Mundo da Ressurreição é então a suprema recompensa, um lugar no qual o corpo se torna eterno e espiritual, ao passo que a alma se torna ainda mais espiritual.

Mais em: http://www.chabad.org.br


O Rabino Yossef Benzecry da Sinagoga Beit Chabad, do Recife, confirma a crença na vida após a morte:
O Judaísmo não crê que a vida acabe com a morte. Pelo contrário, a morte, dentro da concepção judaica, é uma continuação desta Vida, se bem que num plano diferente: o plano da alma. Conseqüentemente, a morte conduz, necessariamente, à vida da alma. Segundo a doutrina judaica, é muito difícil fazer-se uma idéia de como é a Vida no Além-túmulo, por ser algo que ultrapassa todas as concepções do cérebro humano. Vivendo esta Vida, presos no solo do mundo, não temos qualquer oportunidade de imaginar o que se passa na outra, tornando-se muito difícil conceber algo que nunca provamos. Exemplificando, seria a mesma coisa que tentar explicar a alguém o gosto de uma fruta desconhecida. Para tanto, ter-se-ia de usar artifícios de linguagem, como comparações com algo que se aproxime rio sabor da fruta, o que se tornaria complexo e difícil.


http://www.saindodamatrix.com.br

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