Bar-Mitzvá
O
jovem judeu ao atingir a idade de 13 anos, contados pelo calendário hebraico,
converte-se em Bar-Mitzvá. Pela tradução literal "sujeito ao
mandamento", isto é, deve participar e praticar todos os 613 mandamentos
divinos, sendo ele mesmo responsável por todos os seus atos. Até o momento de
tornar-se Bar Mitzvá cabe ao pai ou tutor toda a responsabilidade dos atos bons
ou maus praticados pelo seu filho. A partir deste momento a responsabilidade é
exclusivamente do jovem que agora passa a integrar a comunidade como um adulto,
no sentido do cumprimento das Mitzvot (Mandamentos).
Esses
613 mandamentos fundamentais representam a estrutura de toda a moral judaica.
Estabelece normas de conduta em todos os momentos da vida do homem, quer nas
suas relações com os seus semelhantes, quer nas suas relações com o
Todo-Poderoso. Ao lado desta responsabilidade moral, adquire o Bar Mitzvá o
privilégio do Minyan. O jovem passa a ser um membro do grupo de dez homens,
número este que a lei judaica exige como mínimo para a realização de qualquer
ato religioso de caráter público.
O
costume do Bar Mitzvá data do século XVI. A Torá não o menciona. O Talmud
apenas faz alusão ao fato de os jovens, a partir dos treze anos, começarem a
transformar-se em homens adultos, não estabelecendo, porém, normas nem a idade
exata para o acontecimento. A primeira referência escrita sobre a sua
celebração encontra-se no Código Religioso de Ética, Moral e Conduta Humanas
chamado Shulchan Aruch, compilado em meados do séc. XVI, por Yosef Karo.
Durante
os meses que antecedem essa data importante, o jovem aprende as noções
fundamentais da história e das tradições judaicas, as orações e costumes do
povo, estudando os princípios que regem a fé judaica. No dia a cerimônia, o
jovem coloca os Tefilin e recita um trecho da Torá, com a melodia tradicional
apropriada. A cerimônia religiosa é seguida de uma reunião festiva que é
oferecida pela família do Bar Mitzvá aos parentes e amigos.
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